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16/05/2017 (08H15)  |  Atualizada às 09H29

CASO CASTELLUCCI

Descalvado está na investigação
que foi tema de reportagem do
'Bom dia Brasil'

Mais de 30 prefeitos e ex-prefeitos são envolvidos em golpe em SP.
Em Descalvado, 2 ex prefeitos e 2 ex secretários estão com
bens bloqueados pela justiça em ação proposta
pelo Ministério Público do município.


T
rinta e dois prefeitos e ex-prefeitos do interior e da Grande São Paulo estão na mira do Ministério Público (MP) do estado. Eles contrataram, sem licitação, um escritório de advocacia que prometia descontos no recolhimento de uma contribuição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Só que era um golpe, segundo o Ministério Público, e os prefeitos deixaram dívidas milionárias para seus sucessores. Dezesseis ações penais já foram propostas pelo MP contra prefeitos e ex-prefeitos; outros 16 estão sendo investigados.

Os prefeitos e ex-prefeitos alegam terem sido enganados por um escritório de advocacia, liderado, segundo a denúncia do Ministério Público, pelo advogado Alécio Castellucci Figueiredo; acusado de ser articulador do esquema. Agora, os atuais mandatários estão recebendo multas milionárias da Receita Federal.

O escritório de advocacia 'Castellucci Figueiredo' oferecia, por meio de manobra jurídica, um recolhimento menor de uma taxa cobrada pela Previdência e que sai da folha de pagamento dos funcionários. Tudo de uma forma legal, segundo o escritório. De acordo com a Prefeitura de Embu-Guaçu, na Grande SP, a administração passada deixou de recolher R$ 11 milhões. Agora ela pode ter que pagar uma dívida de R$ 18 milhões em 15 anos.

No processo, o promotor Marcelo Mendroni detalha o esquema. Toda prefeitura paga para o INSS de 1% a 3% do valor do salário de cada servidor público. Esse dinheiro vai para um fundo do governo federal

que cobre o pagamento de salários quando o funcionário sofre um acidente de trabalho. Segundo a denúncia, o advogado elaborava planilhas em que a prefeitura recolhia sempre pelo menor valor: 1%. Ele ainda pedia compensação sobre aquilo que na visão dele, teria sido pago a mais. Pela suposta economia, ele recebia em torno de 20% dos valores que cada prefeitura municipal compensava e deixava de recolher.

“Os serviços prestados pela Castellucci Figueiredo e Advogados Associados consistiam simplesmente em “ensinar” os servidores públicos municipais a preencher guias de recolhimento das contribuições previdenciárias com valores que Alécio Castellucci Figueiredo dizia devidos, mas que, na verdade, acabaram gerando diversos processos administrativos e judiciais, exatamente em decorrência da ilegalidade das compensações tributárias”, detalha o processo do Ministério Público sobre o caso. O documento afirma que entre 2009 e 2014, o escritório teria previsto receber mais de R$ 242 milhões em repasses — embora tenha efetivamente recebido R$ 53 milhões.

Há investigações em andamento nos municípios de Américo Brasiliense, Angatuba, Cesário Lange, Embu-Guaçu, Estrela do Norte, Mirante do Paranapanema, Ouro Verde, Pacaembu, Piedade, Potim, Ribeirão Bonito, Sandovalina, Santa Cruz da Conceição, Tarabai, Tupi Paulista e Votuporanga. O Ministério Público também instaurou investigações em Alumínio, Álvares Florence, Américo de Campos, Arapeí, Arealva, Carapicuíba, Cunha, Descalvado, Embaúba, Euclides da Cunha Paulista, Ibiúna, Itu, Nantes, São Simão e Serrana.

“Começamos a receber notificações da Receita Federal dizendo que nós tínhamos uma dívida com a Receita de R$ 130 milhões, que já estava sendo cobrada e mais R$ 40 milhões que poderiam ser cobrados e sem juros e correção. Se nós não atrelarmos ao futuro parcelamento que tem até final de maio essa dívida pode ultrapassar R$ 250 milhões pra cidade”, disse o prefeito Marco Aurélio Neves (PV), da cidade de Carapicuíba, uma das afetadas, ao “Bom dia Brasil”.

Segundo o promotor Marcelo Mendroni, entre 2008 e 2013, 161 municípios contrataram o escritório e pagaram de honorários: R$ 70 milhões. O dinheiro não teria ficado só no escritório. Na investigação, o promotor aponta várias transferências feitas para outra empresa, a Finbank Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda.

O “Bom Dia Brasil” conseguiu falar com a ex-mulher de Alécio, que foi sócia dele no escritório Castelucci e que hoje é testemunha da acusação. Ana Paula dos Santos Figueiredo disse que o escritório era uma espécie de escudo para a Finbank. “Ele me falou que ele deixava cheques em branco em nome da Castelucci assinados”, disse ao jornal.

Alécio Castelucci Figueiredo disse que não se pronunciaria porque o processo corre em segredo de justiça. A Finbak Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda também não se pronunciou sobre o caso.

A reportagem não conseguiu contato com o ex-prefeito de Carapicuíba, Sérgio Ribeiro, do PT. O ex-prefeito de Embú-Guaçú Clodoaldo Leite, do PMDB, disse que em 2009 o escritório Castelucci apresentou um trabalho jurídico que proporcionaria uma grande economia aos cofres públicos. Ele disse ainda que nessa época não havia nenhum processo contra o escritório e que a Procuradoria do município aprovou a proposta e o serviço foi contratado.

AÇÃO PENAL EM DESCALVADO - Em uma Ação Penal proposta pelo Ministério Público de Descalvado, há pelo menos 7 pessoas denunciadas no processo de crimes de responsabilidade. Foram denunciados os ex prefeitos Luis Antonio Panone e Anderson Aparecido Sposito, os ex secretários da administração interina de 2013, Antonio Aparecido Rischini e Rodrigo Alexandre de Oliveira, e o advogado Alecio Castellucci Figueiredo. Todos tiveram seus bens bloqueados pela justiça (conforme publicado pelo Jornal Folha de Descalvado, na Edição do dia 22 de agosto de 2015). Além deles, também figuram como denunciados os Procuradores do Município Dr. Sérgio Luiz Sartori e o Dr. Irapuan Rodrigues Santana, falecido no início do mês passado.

Em janeiro de 2015, a Prefeitura de Descalvado recebeu uma intimação da Receita Federal para que o Poder Público Municipal efetuasse o pagamento de uma DARF no valor de R$ 13.574.264,71, referente ao que deixou de ser pago pelas compensações efetuadas nos pagamentos de contribuições previdenciárias nos anos de 2012 e 2013 [18 no total]. Todas as compensações foram feitas pelo esquema investigado pelo Ministério Público de SP, envolvendo o escritório de Advocacia Castellucci Figueiredo e Advogados Associados.

Além do calote no INSS, a Prefeitura de Descalvado também pagou quase R$ 2 milhões somente no ano de 2013 ao escritório Castellucci. O contrato inicial feito por meio de dispensa de licitação também é alvo de investigação, já que o valor total pago pelo ex prefeito Anderson Sposito ao escritório de Alécio Castellucci superou em mais de 25% os valores previstos inicialmente no contrato, o que também é um prática vedada pela lei.

*Com informações do Extra
 

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