06/11/2017 (14H16)

Conhecer a pessoa e ter o mínimo de informação sobre ela ajuda na
identificação, diz Capitão Paulo Roberto Nucci, da PM de São Carlos.

Combinar caronas para economizar na viagem tem se tornado uma prática cada vez mais comum, por isso a Polícia Militar recomenda cuidados para evitar riscos de crime. O capitão da PM de São Carlos (SP) Paulo Roberto Nucci orienta que as caronas sejam ao menos com pessoas conhecidas.

“Pelo menos conheça a procedência da pessoa, se mora na cidade, trabalha, é conhecida de um parente, de um amigo, fica mais fácil ter uma confiança se ela é identificada”, disse o policial militar.

O alerta ganha força após o caso de uma jovem de 22 anos que foi morta após combinar uma carona

pelo WhatsApp na semana passada.

Segundo o capitão, se a carona envolver um desconhecido e existe a desconfiança de que algo vá ocorrer é preferível não levar pessoa. “Se precisar, ligue 190, a PM vai averiguar e se tiver algo de ilícito nós já conduzimos a pessoa ao plantão policial, já é um preventivo”, ressaltou Nucci.

CARONAS - A estudante Fernanda Bradbury começou a oferecer carona já seis meses. Moradora em Araraquara, ela cursa enfermagem na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e, cansada de viajar diariamente de ônibus, optou pelo carro para reduzir gastos.

"Tudo bem que sou estudante e no ônibus eu pagaria meia. Mas quando eu divido no carro entre quatro pessoas dá uma boa diminuída no custo. Vou procurar tomar mais cuidado, não vou pegar uma pessoa sem foto, sem amigo em comum, sem o mínimo de informação porque a gente não sabe o dia de amanhã ", disse.

Uma das primeiras passageiras dela foi a Ana Luíza Blanco, que conheceu quando vinha de ônibus. "Os ônibus em São Carlos demoram muito tempo, a gente sempre chegava atrasada. Então foi mais pela comodidade", relatou a jovem.

GRUPO CONHECIDO - A estudante Keila Souza mora em Ribeirão Preto e há três anos cursa enfermagem em São Carlos e por todo esse tempo oferece carona nos aplicativos. "Vou diariamente, então acabo trazendo e levando pessoas, dá medo, já aconteceu de ficar meio tensa. Mas hoje em dia, já tenho mais ou menos as pessoas fixas, então é mais difícil ter uma pessoa desconhecida dentro do carro", disse.

A universitária Larissa Fernandes disse que está mais atenta, mas contou que já se arriscou quando mudou-se de Goiânia para Pirassununga e começou a estudar em São Carlos.

"As primeiras caronas que peguei vim super tensa. Agora já mais tranquilo, porque o grupo é de pessoas conhecidas, dificilmente aparece algum desconhecido. Geralmente a gente analisa o perfil, vê se tem amigos em comuns", relatou.

*Fonte: G1/São Carlos (Foto: Reprodução Jornal Descalvado News/Edição N.º 29)