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  02 AGO 2025   |  16H09

Brasil volta ao ranking de crianças sem vacina, mesmo com melhora na cobertura

Desinformação, abandono de doses e falhas na busca ativa contribuem para baixa cobertura vacinal, dizem especialistas.


O Brasil voltou à lista das 20 nações com maior núme-ro absoluto de crianças não vacinadas, segundo relatório do Unicef e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para especialistas, a presença do país no ranking está li-gada não só ao seu tamanho populacional, mas também a problemas atuais e persistentes, como o abandono de doses, a desinformação e a fragi-lidade na busca ativa pelas crianças que não completaram o esquema vacinal.

O país ocupa a 17ª posição na lista dos que têm mais crianças não vaci-nadas. O dado considera a aplicação da primeira dose da vacina tríplice bacteriana (DTP), também chamadas zero dose, que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Segun-do o Unicef, ela foi escolhida como indicador por ser uma das primeiras do calendário infantil, ampla-mente utilizada no mun-do, com histórico de alta cobertura e baixo custo.

Em 2024, 2,3 milhões de crianças haviam recebido a primeira dose da DPT no Brasil. No mesmo ano, 229 mil não haviam recebido nenhuma dose dessa vacina no país. A cober-tura, no entanto, tem apre-sentado melhoras: passou de 84% em 2023 para 90% em 2024, de acordo com o Unicef. Ainda assim, o país está abaixo da meta de 95%, conside-rada ideal para garantir a proteção coletiva.

Apesar disso, os próprios dados do Unicef mostram avanço: o Brasil reduziu o número de crianças "zero dose" de 418 mil em 2022 para 229 mil em 2024.

Para o infectologista Rodrigo Lins, presidente da Socie-dade de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro (Sierj), o país começou a melhorar as taxas de cobertura vacinal a partir de 2023, mas houve uma queda que começou ainda antes da pandemia da Covid-19.Por volta de 2015 e 2016, o PNI (Programa Nacional de Imunizações) garantiu a eliminação de doenças como sarampo e poliomielite, o que reduziu o senso de urgência em relação às vacinas.

"As pessoas pararam de ver essas doenças, para-ram de ouvir falar de casos graves e passaram a achar que não era mais necessário vacinar", afirma o infectologista.

A partir de 2018, um movimento antivacina começou a ganhar força no país, em sintonia com o que ocorria em outras partes do mundo. A disseminação de informações falsas, especialmente nas redes sociais, fragilizou a con-fiança da população. "A gente vive uma era de infodemia [epidemia de de-sinformação]", afirma Chrystina Barros, doutora em administração e especia-lista em gestão de saúde.

Entre 2020 e 2022, a pandemia agravou o cenário. As unidades básicas de saúde, que fazem a vacinação infantil, não che-garam a fechar totalmente, mas precisaram reorgani-zar atendimentos e ada-ptar estruturas. Parte dos profissionais foi direcionada para o combate à Covid, e as campanhas de imunização infantil perderam prioridade.

 


Queda e retomada das coberturas


Dados da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) do levantamento do Unicef, ajudam a entender a trajetória da cobertura vacinal no país. A primeira dose caiu de 95% em 2016 para 87% em 2017. Subiu em 2018 e 2019, mas caiu novamente nos anos seguintes: 79% em 2020 e 73% em 2021. Em 2024, a cobertura voltou a subir, atingindo 93%.

Quanto à segunda dose, o índice caiu de 95% para 80% entre 2001 e 2002 e ficou abaixo de 80% por mais de uma década. Entre 2019 e 2024, permaneceu abaixo de 70%, atingindo o menor nível em 2020, com apenas 44%. No ano passado, subiu para 68%. "Estamos melhorando, mas ainda temos muito a recuperar", afirma Lins.

O abandono do esquema vacinal também é uma preocupação, aponta Chrystina Barros. Regiões como Norte e Centro-Oeste apresentam altos índices de crianças que iniciam a vacinação, mas não voltam para completar as doses.

A taxa de evasão entre a primeira e a segunda dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), por exemplo, ultrapassa os 50% em 14 estados brasileiros, entre eles Acre, Pará, Amapá, Maranhão e Mato Grosso do Sul, segundo o Anuário VacinaBR 2025, elabo-rado pelo IQC (Instituto Questão de Ciência) com apoio da SBIm e parceria do Unicef.

O Ministério da Saúde afirma que o Brasil vem avançando na imunização infantil desde 2023. Segundo a pasta, 15 das 16 principais vacinas do calendário nacional registraram aumento na co-bertura no último ano.

"O avanço da vacinação em todo o território nacional é resultado das ações de incentivo promovidas pelo Ministério da Saúde, como a vacinação nas escolas, a retomada das grandes mobilizações, ações de microplanejamento adaptadas às realidades locais e a garantia do abastecimento de vacinas", diz a pasta em nota.
 

Cobertura vacinal em Descavado


Como no geral, o município de Descalvado também experimentou uma queda da cobertura vacinal a partir da pandemia, mas com um trabalho eficiente de retomada e conscientização da importância da vacinação, aliado ao trabalho de busca ativa realizada pelos profissionais da rede pública de saúde, a cidade alcançou todos os índices de maneira satisfatória, reforçando o bom trabalho da área da saúde em Descalvado.

Veja abaixo os índices locais de cobertura de algumas vacinas: 

Cobertura vacinal -  Dezembro/2024:

Ao nascer:

BCG – 127,57%;

Hepatite B – 124,92%

Menores de 1 ano de idade:

Hepatite B – 105,57%;

DTP – 106,23%;

Penta – 105,90%

1 ano de idade:

DTP – 107,54%;

Tríplice Viral (1ª dose) – 106,56%;

Tríplice Viral (2ª dose) – 108,85%;

Pólio Oral Bivalente – 109,51%

Adulto:

dTpa Adulto – 106,56%
 


 
         
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