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Boi gordo: semana começa com queda no preço da arroba Carne bovina é a mais impactada após gripe aviária no Brasil. |
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Em relação ao quilo dos frangos congelado e resfriado, houve estabilidade nos preços. O primeiro segue comercializado a R$ 8,56 e o segundo a R$ 8,63. Para os dois produtos, as regiões de referência são da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado. O preço da carcaça suína especial também apresentou manutenção no preço e o quilo ainda custa R$ 12,71 na Grande São Paulo, enquanto o suíno vivo é negociado a R$ 8,44 em Minas Gerais e R$ 8,11 no Rio Grande do Sul, ambos em queda. As informações são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).
A carne bovina foi a mais afetada após a descoberta do primeiro caso de gripe aviária em granja comercial no Brasil, no dia 15, segundo o levantamento feito pelo CEPEA. Segundo o CEPEA, a queda nos preços dos cortes e a pressão dos frigoríficos nas negociações para compra de novos lotes indicam que o mercado pecuário já sente os efeitos de um possível aumento na oferta interna de carne de frango. O presidente da Sociedade Rural de Beltrão, Cláudio Borges, avalia que, apesar de a situação ser considerada isolada, os impactos podem se estender a toda a cadeia produtiva, refletindo diretamente na economia local. “É uma preocupação muito grande do agronegócio porque é uma cadeia. Esse frango, automaticamente, não vai para exportação; esse ovo também não vai e tende a ficar no mercado interno. Há um risco de essa cadeia ser puxada toda para baixo, afetando também a suinocultura e a bovinocultura.”
O receio entre os produtores é de que o aumento da oferta interna de
carne de frango provoque uma retração nos preços, como já vem
acontecendo, e persista, levando a desestímulo nos investimentos e queda
na renda do setor. “A nossa região é uma grande produtora de frango.
Logicamente, os preços devem cair, o produtor deve se preocupar, não
deve investir. Isso vai refletir diretamente no comércio da nossa
região.” Um problema para todo o agronegócio
“Segundo algumas notícias, já se fala em 150 a 200 milhões de toneladas que podem ficar no mercado interno. Então, é uma preocupação muito grande com isso e há um receio na economia. O produtor fica em alerta e, com certeza, teremos prejuízos na cadeia e na região.” A avicultura é o segmento mais expressivo do agronegócio no Sudoeste e, atualmente, conta com um rebanho superior a 80 milhões de aves. Em 2023, o agronegócio da região movimentou 198 bilhões de reais, segundo o Valor Bruto da Produção (VBP). Só a avicultura foi responsável por 57,7 bilhões de reais, o que representa 28,9% do VBP total.
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