trabalho contra
outros tipos de crimes. Esta é a primeira vez em que o sistema
será utilizado fora de Nova Iorque.
“São Paulo sempre
inovando. Esta é mais uma iniciativa para melhorar a qualidade
de vida das pessoas do nosso Estado”, afirma o governador. “Nós
trabalhamos com dois pilares na segurança pública: a valorização
policial e a inteligência, por meio da tecnologia e integração.
Com esta ação, poderemos a partir de quatro meses colher os
frutos”.
O secretário da
Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, destacou que o
sistema contribuirá para o aprimoramento do trabalho policial.
"Este sistema vai permitir um salto de qualidade na investigação
policial e também na prevenção e no policiamento ostensivo. O
novo Detecta é algo pioneiro, que tenho certeza será utilizado
futuramente em escala nacional, de maneira integrada com outros
estados”.
ALARMES
- Com o Detecta, serão emitidos alarmes automáticos para ajudar
no trabalho policial. Isso permite que PMs e policiais civis
recebam informações de inteligência sem que seja necessário
operar o sistema a todo momento.
Por exemplo, um
suspeito foge em um carro vermelho em que só se sabe parte do
número da placa. Com apenas isso, o sistema pode ser configurado
para localizar todos os veículos com aquele número parcial, da
mesma cor, e apresentar essas localizações em um mapa.
Além disso, a
viatura mais próxima será alertada dessa ocorrência. Essas
localizações podem ser feitas por sensores de leitura de placas
ou por câmeras que também têm essa capacidade.
Isso também pode
ser feito para o caso de um procurado pela polícia. Toda vez em
que as características desse procurado forem inseridas em algum
dos sistemas das polícias, um alerta será acionado e apresentará
o histórico desse procurado.
As investigações
também ganharão agilidade no acesso e no cruzamento de
informações. Será possível, por exemplo, fazer buscas de um
determinado nome e localizar em um mapa todas as ocorrências
relacionadas a ele, seja na Polícia Militar, na Civil ou no
Detran.
Outra
possibilidade é que seja emitido um alerta sempre que for
registrado um crime com as mesmas características de outro que
já está sendo investigado, mesmo que seja em regiões ou cidades
diferentes.
Um veículo que
tenha passado nas proximidades de dois ou mais roubos com dias
ou semanas de diferença pode passar a ser acompanhado pelo
sistema. Isso pode acontecer mesmo que as vítimas não tenham
reparado no veículo, mas os leitores de placa o tenham
identificado no local.
A nova etapa do
Detecta contribuirá ainda com o planejamento das ações
policiais, pois permitirá a identificação de padrões de crimes
praticados em cada região a partir dos registros realizados.
Então será possível saber com precisão datas, horários e locais
em que mais acontecem determinados crimes em cada região, além
de possíveis migrações ou mudança de atuação da criminalidade.
INTEGRAÇÃO
- Essas são informações que já existem e estão à disposição, mas
que o sistema inteligente de monitoramento apresentará de forma
automática e rápida para diminuir o tempo de resposta das
polícias.
A previsão é que
o sistema comece a funcionar em quatro meses e esteja
completamente em funcionamento em janeiro do próximo ano. Neste
intervalo, serão integrados, gradativamente, todos os bancos de
dados do Estado, como o do 190, dos boletins de ocorrência da PM
e da Polícia Civil e do Detran.
A nova etapa do
Detecta chega a São Paulo com alertas para 10 mil padrões de
crimes, que foram desenvolvidos durante a experiência em Nova
Iorque. Esses alertas podem ser alterados, modificados para a
realidade brasileira e podem ser adicionados novos alertas.
O Governo do
Estado investiu R$ 9,7 milhões para que São Paulo tenha o
sistema de monitoramento inteligente.
Haverá três
centrais com o sistema em telões (video wall): Copom (Centro de
Operações da Polícia Militar), Cepol (Centro de Comunicações e
Operações da Polícia Civil) e Ciisp (Centro Integrado de
Inteligência de Segurança Pública do Estado de São Paulo).
Contudo, esse
sistema poderá ser utilizado em computadores, notebooks, tablets
e smartphones.
A inovação
integra todas as informações criminais que estão à disposição,
além de outros dados importantes para o trabalho policial:
chamadas para o 190 (PM) e 193 (Bombeiros), boletins de
ocorrência, Infocrim, Ragisp (Relatório Analítico Gerencial de
Inteligência de Segurança Pública), Copom Online – utilizado
pela PM para localizar ocorrências -, sistemas de
videomonitoramento, mandados de prisão, leitores automáticos de
placas, lista de veículos roubados e furtados, cadastros de
carteiras de identidade e de motorista.
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