mesma pesquisa, 67%
citam algum nome quando o instituto pergunta ao eleitor em quem
ele irá votar e pede uma resposta espontânea (sem a apresentação
dos nomes dos candidatos).
Há várias hipóteses
para explicar essa disparidade. Uma delas é a coincidência de
cinco eleições na mesma ocasião. Além das disputas para as
Assembléias Legislativas, para a Câmara e para o governo
central, há ainda as eleições de governador e de senador.
Como a da
Presidência e as de governadores naturalmente recebem muito mais
destaque e atenção, as eleições parlamentares acabam sendo
ofuscadas.
Outra hipótese é
o desalento dos eleitores com o Congresso e com as Assembléias.
Em pesquisas de confiança e credibilidade, os parlamentos
invariavelmente têm as piores notas.
O sistema
eleitoral brasileiro também não ajuda o eleitor na hora da
escolha. O modelo de voto proporcional em lista aberta faz com
que cada votante tenha que escolher um entre centenas de
candidatos inscritos em cada Estado. Em São Paulo, por exemplo,
há mais de mil opções, somando os candidatos dos mais de 30
partidos.
Uma oferta tão
gigantesca pode mais atrapalhar do que ajudar. Ideias como voto
em lista fechada (o eleitor só pode votar no número do partido,
que apresenta uma relação de nomes antes) ou distrital (só pode
votar nos candidatos de sua região) minimizaria esse problema.
O mais provável
é que a alta taxe de eleitores sem candidatos seja uma
combinação de todos esses fatores.
O Datafolha fez
5.340 entrevistas em 265 municípios entre nos dias 17 e 18 de
setembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para
mais ou para menos.
*Fonte: Folha
de S. Paulo
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