02/03/2014 (16h30)

População ainda enfrenta problemas com a falta de medicamentos na rede pública

Prefeitura está incentivando a retirada de medicamentos diretamente nas 'Farmácias Populares' para diminuir a demanda. Sindicância foi aberta nesta quinta-feira (28) para apurar as responsabilidades sobre o cancelamento de empenhos no final de 2013, motivo que prejudicou a aquisição de novos medicamentos no início deste ano.

Há pelo menos quatro meses, os pacientes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) sofrem com a falta de alguns medicamentos em Descalvado. A lista dos remédios de atenção básica fornecidos pela Prefeitura tem 200 itens. Cerca de 25% deles, ou seja, 45 tipos de medicamentos, estão em falta. Segundo a farmacêutica do município, a expectativa é que a situação seja normalizada dentro de 20 dias.

A dona de casa Rosa Paludetti foi até o Centro Municipal de Saúde durante a semana para buscar remédios para o sogro, mas não encontrou. “Eu passei no posto para ver se chegaram os remédios e não chegou nenhum, eu tive que comprar em outra farmácia”, reclamou.


Estão em falta medicamentos para colesterol, circulação e alguns anti-inflamatórios. “Eu não encontrei o omeprazol que minha filha toma”, falou a doméstica Dalva Fernandes da Silva.

“Eu tenho até a receita aqui, o medicou passou omeprazol e buscopan, que eu estava com problema no estômago e não tinha. Agora vou ter que esperar 20 dias para chegar o remédio”, falou a doméstica Maria Isabel Gomes.

Nem sempre, é possível recorrer a uma farmácia particular para resolver o problema. “Quando a gente pode comprar, compra. Quando não pode tem que esperar. Eu vou ter que esperar”, queixou a cozinheira Maria Zenaide Laras.

MUDANÇA NO SISTEMA - Para amenizar o problema, a Prefeitura está incentivando a retirada dos remédios de hipertensão e diabetes diretamente nas farmácias conveniadas ao programa ‘Farmácia Popular’, do governo federal. Eles também saem de graça para o consumidor. A estratégia do município é economizar. O dinheiro que iria para a compra desses remédios pode suprir a falta de outros tipos de medicamentos.

“Existem alguns medicamentos que sempre sofrem algum período de desabastecimento devido ao alto consumo, então nós vamos direcionar esses recursos para a compra desses medicamentos. Nós ainda conseguimos atender a população com alguns medicamentos de algumas categorias terapêuticas, mas a regularização já está sendo feita e nesse prazo de 20 dias, provavelmente já vai estar sanado esse problema”, explicou a farmacêutica do município Bianca Kirchner da Silva.

O aposentado Luiz Antonio Hencklein não pode ficar sem os remédios para pressão alta e diabetes, que são de uso contínuo. Antes ele retirava no posto. Das últimas vezes em que precisou, foi até a farmácia conveniada, mas não conseguiu a quantidade prescrita na receita. “Nesses dois meses faltaram alguns remédios, mas eles disseram que vão repor”, comentou.

Para retirar o medicamento de graça pelo programa, o paciente deve ir até uma farmácia credenciada com RG, CPF e a receita que deve ter data, assinatura e carimbo do médico.

MAIS MOVIMENTO - As farmácias particulares já perceberam um aumento na movimentação por causa dos pacientes encaminhados pela Prefeitura. Em uma delas, o a alta chegou a 50%, mas a responsável garantiu que isso não vai prejudicar o estoque.

“A gente sempre está preparado para o aumento da farmácia popular. Começou a acabar os medicamentos, a gente já compra. De um dia para o outro a gente já consegue comprar a medicação”, garantiu a Farmacêutica Angelita Cirelli.

SINDICÂNCIA ABERTA - Na última quinta-feira (28), a Procuradoria Geral do Município abriu uma sindicância para apurar as responsabilidades pelo cancelamento de diversos empenhos por parte da Secretaria de Finanças no final de 2013. Segundo um levantamento realizado pelo atual secretário da pasta, quase um milhão e meio de reais foram contabilizados com a 'manobra dos cancelamentos'.

De acordo com o Secretário de Administração, Leandro Cardoso, a investigação se faz necessária para apurar a responsabilidade sobre a anulação de pagamentos de bens e serviços adquiridos e entregues junto à Prefeitura Municipal de Descalvado, o que pode configurar infração administrativa, além de danos ao erário público e à própria população descalvadense.

O levantamento realizado pela secretaria apontou que a maioria dos empenhos cancelados é da pasta da saúde, e correspondem à medicamentos entregues e exames laboratoriais fornecidos à pacientes do SUS. Segundo o secretário Leandro, os cancelamentos dos empenhos da Secretaria de Saúde são os principais responsáveis pelo atraso na compra e reposição dos medicamentos que abastecem a rede municipal, uma vez que houve a necessidade de se reempenhar tudo aquilo que foi cancelado no final de 2013, para que o sistema pudesse então liberar as dotações necessárias para novas compras e consequente normalização do estoque.

O secretário de administração disse ainda que em desconformidade com aquilo que prevê o Decreto n.º 2.816, de 26 de agosto de 2003 (editado após o escândalo do 'caso Roberto Neves'), todos os cancelamentos de empenhos realizados no final de 2013 foram feitos sem a devida autorização do Secretário de Saúde, que já emitiu documento atestando a ilegalidade do processo.

Quanto ao problema da falta de medicamentos registrado no início deste ano, o Secretário de Saúde Carlos Bianchi afirmou à reportagem do DESCALVADO NEWS que regularizada a situação no setor de finanças devido ao cancelamento de empenhos, os pedidos de novos remédios já começaram a ser feitos, e em menos de vinte dias toda a rede deverá estar abastecida e normalizada.

*Com informações do G1/São Carlos / Fotos: Paulo Chiari
 

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