A decisão da 1ª Comissão Disciplinar, no entanto, ainda não
é definitiva e a Portuguesa pode entrar com recurso em
segunda instância, no Pleno do STJD. De acordo com o
procurador-geral do tribunal, Paulo Schmitt, o caso deverá
estar resolvido até o próximo dia 27. O clube paulista, no
entanto, já confirmou que entrará na Justiça comum caso seja
realmente rebaixado.
Para não sofrer qualquer punição da Fifa, que é contra levar casos esportivos à
Justiça comum, o presidente da Portuguesa, Manoel da Lupa, admite a
possibilidade de recorrer a "torcedores ilustres". "Tem que preservar o
resultado de campo. Se a Portuguesa for derrotada, vai parar na Justiça comum.
Nem que seja ação de alguns dos nossos torcedores ilustres. Mas a Portuguesa vai
até o inferno para se defender."
A escalação
irregular de Héverton aconteceu no dia 8 de dezembro, na
última rodada do Brasileirão. Diante do Grêmio, no Canindé,
o jogador entrou em campo aos 32 minutos do segundo tempo,
apesar de estar suspenso. Ele havia sido expulso contra o
Bahia, no dia 24 de novembro, e cumprido um jogo de gancho
diante da Ponte Preta, no dia 1.º de dezembro. Julgado no
STJD na sexta-feira, dia 6, no entanto, acabou condenado a
dois jogos de suspensão.
De nada
adiantaram os protestos dos torcedores da Portuguesa, que
estiveram representados por cerca de cem pessoas na Avenida
Paulista, no último domingo, em São Paulo, e foram para
frente da sede do STJD nesta segunda-feira, no Rio,
manifestar sua indignação com a situação. Torcedores do
Fluminense também estiveram no local, requisitando o direito
do clube de permanecer na Série A. Para evitar maiores
problemas, houve reforço na segurança.
No
julgamento, os representantes da Portuguesa alegaram que não
tiveram contato com o advogado do clube, Osvaldo Sestário,
que estava no julgamento de Héverton, e que esperavam saber
a situação do jogador através do site da CBF. Segundo eles,
não havia qualquer informação sobre a punição ao atleta, o
que lhe daria condições de jogo.
Por outro
lado, o subprocurador William Figueiredo de Oliveira apontou
que a obrigação de averiguar as situações dos atletas é dos
clubes e não da CBF. Além disso, ressaltou o papel do STJD
de se fazer cumprir as regras, independentemente de qualquer
questão de "má-fé" de qualquer time. Como partes
interessadas no julgamento, advogados de Flamengo e
Fluminense também defenderam suas posições.
*Fonte: Estadão.com / Foto: Marcos de Paula
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