chamada para
atender uma ocorrência de incêndio em veículo nas proximidades
da fábrica de motores da Volkswagen. Quando a equipe chegou,
notou que havia um corpo carbonizado dentro do carro.
Por volta das
20h25, a Polícia Militar foi chamada e encontrou uma pá no
porta-malas do veículo. Também descobriu que a 10 metros do
local havia um buraco, aparentemente uma cova, no qual o corpo
poderia ser enterrado. O corpo foi levado para o Instituto
Médico Legal (IML) para exames necroscópicos e o veículo foi
recolhido ao Pátio Municipal.
INVESTIGAÇÃO
- De acordo com o delegado da DIG, Gilberto de Aquino, a esposa
dele afirmou em depoimento que ele teria saído de casa para
passar em alguns lugares, entre eles uma transportadora onde
pagaria R$ 1 mil pela mudança que faria para Uberaba nesta
quinta-feira (19), com ela e o filho de 4 anos.
Ainda segundo o
delegado, o corpo estava no banco traseiro e cova teria sido
feita para enterrar o corpo. " Acreditamos que o professor já
estava morto e queriam despachar o corpo na cova, mas deve ter
acontecido alguma pane no carro, pois havia três marcas de pneus
em direções diferentes", afirmou.
Ainda não foi
possível saber se o dinheiro foi levado. O delegado disse ainda
que o professor não estava sendo ameaçado e não tinha inimigos
ou dívidas. Ainda não há pistas de suspeitos.
COMOÇÃO NAS
REDES SOCIAIS
- A morte do professor comeveu amigos, parentes e alunos, que
deixaram mensagens de luto em seu perfil no Facebook. "Uma perda
gigantesca. Um grande amigo, uma pessoa íntegra e honrada, uma
referência como profissional, um camarada de luta. Estou
atordoado. Meus sinceros sentimentos aos familiares. Milton
Taidi Sonoda, muito obrigado por tudo", postou um amigo.
"Perdi um dos
meu referenciais na minha profissão. O cara que mais me inspirou
a dar aula e que me deu alegria em ver física. Nunca vou
esquecer das madrugadas em que eu passava fazendo suas listas de
exercícios e trabalhos e tinha dúvidas e corria no Facebook para
chamá-lo e ele respondia para ajudar", escreveu um ex-aluno.]
COMUNICADO DA
UNIVERSIDADE
- Em nota, a UFTM lamentou a morte do professor, que trabalhava
no Departamento de Física do Instituto de Ciências Exatas,
Naturais e Educação - Icene. A universidade informou que o corpo
do professor seria sepultamento em Itapetininga (SP).
Milton fez a
graduação e mestrado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC)
da USP e ainda fez doutorado na Unicamp. No ano passado, ele foi
convidado para fazer parte de uma pesquisa em São Carlos e o
projeto durou um ano. Ele voltou a dar aulas em Uberaba, onde
estava morando, e voltava nos fins de semana para São Carlos,
onde permaneciam morando a esposa e o filho.
*Com informações do G1/São Carlos
|